segunda-feira, 23 de maio de 2011

Estranha contradição ...

Será que ainda há alguém que duvide do grandioso Camões, sobre a ferida que dói e não se sente, o contentamento descontente, a dor que desatina sem doer. Ou será então o inferno, como diria Gregório de Matos ? A eterna inocência, de Fernando Pessoa. A causa das coisas findas, muito mais que lindas, que ficarão, como já disse Drummond. A monstruosidade que Shakespeare citou. Grandes nomes já falaram sobre ele, mas ninguém o entendeu. Só se sabe ao sentir tamanha contradição, êxtase ou frenesi. A embriagante sensação que arrebata, contorce, distorce, modifica subitamente e até os sábios transforma em loucos. Esta é a estranha sensação de amar, tão falada pelos poetas, refletida pelos filósofos e intensamente vivida diariamente por diversos indivíduos. Frases repletas de paradoxos, entretanto, devem ser vistos à altura da contradição de amar. A alternância de sensações que querendo ou não, possui influência determinante sobre o homem. É essa a emoção que move as palavras, que move as pessoas, que move o mundo. "Isso é amor e desse amor se morre", como já disse o Grande Gonçalves Dias !


Boa noite, queridos :*

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